10h15m de Sábado, eram horas de iniciarmos o nosso passeio, o objetivo: ir a Góis dar uma vista de olhos à concentração que aí decorria durante esse fim de semana.
De frente à sede do C.D. “Os Águias” de Alpiarça, habitualmente o nosso local de partida saímos o António João na sua Pan-European, o meu Sobrinho Tiago na sua Suzuki Strom, e eu na minha Honda CBR XX.
Tínhamos combinado enquanto tomávamos o café da manhã que não iriamos pelo caminho mais rápido mas sim pelo mais turístico, ou seja, cruzando a Serra da Lousã. Apanhávamos a N2 em Abrantes, até à Sertã, seguidamente o IC8, e já perto de Figueiró dos Vinhos virávamos á direita para Castanheira de Pêra pela N236, até à Lousã, e só depois chegaríamos a Góis pela N342.
Com “condições ótimas para a prática da modalidade“, isto é, sem vento e sem demasiado calor lá nos fizemos á estrada. Já em plena N2 pudemos apreciar o excelente piso, bem como o traçado deste troço de estrada entre o Sardoal e a Sertã e que faz as delicias de qualquer condutor.
A partir de Castanheira de Pêra iniciámos então a subida á Serra da Lousã. Foram cerca de 30 Km de curvas e contracurvas apertadas, um troço que vale a pena dada a paisagem que se disfruta.
Mas foi já com um certo alívio que chegámos à Lousã, é que os nossos estômagos já reclamavam e já tínhamos a nossa dose de curvas em cima. Aqui já se notava a proximidade da concentração dada a quantidade de motos presentes. Perguntámos então a umas pessoas que por ali passavam onde se podia almoçar e logo nos indicaram o restaurante “Casa Velha”, e que era perto. Eram 13h30m estávamos sentados á mesa . Pataniscas de bacalhau com arroz de feijoca e filetes com salada russa foi o nosso magnifico almoço (se passarem pela Lousã já sabem onde podem disfrutar de uma boa refeição), tudo acompanhado de água, é que, à cautela, “eles” andam aí e não devemos dar-lhes nenhuma vantagem.
De novo ao volante para completarmos os cerca de 20 Km que nos ligam a Góis. Desta feita já o calor apertava. Mais uma sucessão de curvas e chegávamos ao nosso objectivo.
“Caímos” (é o termo mais correcto) em cima da Concentração, tal era a profusão de motos por todo o lado, seja em circulação, seja estacionadas. Foi até difícil encontrar lugar para parquearmos. Por fim lá o conseguimos e demos então inicio ao nosso reconhecimento. Embora já lá estivesse estada à alguns anos atrás o meu sobrinho e o António João nunca tinham lá a estado nesta altura. Entretanto liguei para o meu amigo Jorge que tem casa em Góis e que com quem tinha combinado tomar um café quando lá chegasse. Pouco depois juntou-se-nos e fomos então os quatro dar uma volta.
Realmente Góis, nesta altura, torna-se pequeno para tanta gente e tanto as praias fluviais como os cafés e esplanadas não dão vazão a tanto povo e em certas zonas torna-se até difícil aos peões circularem. Por fim lá conseguimos que nos servissem umas bebidas. Foi então que eu, o Tiago e o Jorge decidimos entrar no recinto da Concentração. Para quem esteja a pensar cá vir aconselho a trazer a marmita de casa pois os 20,00 eur da entrada não incluem qualquer refeição, apenas vos dá direito a uma T-Shirt, um autocolante e um pin. Seja como for lá fomos entrando. As habituais tendas de venda de artigos associados a este tipo de eventos formavam um corredor que terminava num espaço reservado ao bike show. Ao reparar nas várias transformações que aquelas motas têm não pude deixar de pensar que se for para a frente a ideia de aplicar as inspeções periódicas ás motas vai ser problema...
Passámos também pela zona do palco e das tasquinhas, àquela hora pouco frequentada. É um espaço muito agradável, á sombra e rodeado de verde e daí talvez a expressão porque é conhecida esta Concentração “Tá-se bem!”. Também um dos motivos porque se encontrava tão pouca gente fosse, conforme nos informou o Jorge, “é que dentro do recinto só servem cerveja sem álcool!” seria por isso?
Saímos. Cá fora já nos aguardava o António João que achou que não se justificava gastar os 20,00 eur da entrada e tinha ficado à nossa espera. A seguir foi gastar 4,.. eur num maço de tabaco… (sem comentários).
E com isto tudo eram cerca das 19h00. Fomos então até casa do Jorge onde a esposa tinha preparado um belo lanche/jantar. Não à dúvida que os Portugueses sabem ser hospitaleiros. Uma mesa farta de coisas boas mas tudo regado com muita agua porque “eles” andam aí!... (a pensar nos condutores haviam de inventar uma boa pinga mas sem álcool).
E pronto estava na hora de iniciarmos a nossa viagem de regresso a Alpiarça. Eram cerca das 21h15 quando saímos de Góis e “eles” estavam mesmo lá, poucos Km á frente, mas não nos mandaram parar. A viagem por acordo entre os três e de modo a evitar as curvas da Serra á noite foi feita via Lousã, Penela, Tomar, Golegã, Chamusca e Alpiarça onde chegámos cerca das 23h30m.
Com cerca de trezentos e tal Km feitos, com curvas quanto baste e para todos os gostos, boa companhia, excelentes refeições , enfim, um dia bem passado num belo passeio de mota.
De Góis mantive a mesma ideia que já tinha tido a primeira vez que lá estive, é que é muita gente para o espaço que existe, mas à duas vantagens a contrapor.:
O cenário natural onde decorre, e que é realmente muito bonito, e a mais valia proporcionada pelo facto do recinto da Concentração, a Vila e as praias confundirem-se num só, e, desde o dia da chegada até ao dia da partida não é necessário “tirar a mota da garagem”.
Para o Ano que vem e tanto mais que o feriado de 15 de Agosto calha a uma 6ª feira à duas hipóteses a considerar:
Ou se vai só para o recinto no final do dia para assistir aos concertos e durante o dia optamos por Parques de Campismo e praias/piscinas fluviais nas redondezas, ou se fica mesmo em Góis com a desvantagem que, embora os Concertos terminem por volta das 02h00/03h00 da madrugada, a tenda eletrónica é até ás 06h00. “É sempre a bombar” como nos disse o Jorge.
A ver vamos!
Um abraço para todos e … boas curvas!
Detalhes
Setembro
2
2013
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